Polo Veredas/MG

O noroeste de Minas, região consagrada nos livros de Guimarães Rosa, fica a 700 km de Belo Horizonte e a 180 km de Brasília e abriga uma natureza exuberante.

Tema: Tecelagem - 2002-2003; 2006-2007 e 2009-2010 (2 Intervenções)

Cidade: Polo Veredas/MG

Duração: 3 anos

Artesãos Beneficiados: 151

Gênero: mulheres

O noroeste de Minas, região consagrada nos livros de Guimarães Rosa, fica a 700 km de Belo Horizonte e a 180 km de Brasília e abriga uma natureza exuberante. As veredas, buritizais, cachoeiras e o característico e próspero artesanato dos grupos de Bonfinópolis de Minas, Natalândia, Riachinho, Sagarana e Uruana de Minas fazem da região um polo turístico com grandes potencialidades.

O ArteSol, que desde 1998 atua no noroeste de Minas Gerais, deu início em 2002 a ações nas localidades de Uruana de Minas, Riachinho e Sagarana com o objetivo de revitalizar a fiação e a tecelagem tradicionais e gerar trabalho e renda para as mulheres dessas localidades. Entre abril de 2004 e abril de 2005 o Projeto Veredas integrou as três localidades, formando uma cadeia produtiva com cerca de 100 artesãs nas atividades de fiação e tecelagem, além do tingimento natural. A exuberância da natureza da região inspirou as artesãs ao batizarem suas associações: em Sagarana, “Tecelagem das Veredas”; em Riachinho, “Tecendo o Sertão de Minas”; em Uruana de Minas, “Cores do Cerrado”.

A partir de 2006 duas novas localidades – Bonfinópolis de Minas e Natalândia – passaram a integrar o Projeto Veredas, que busca também inserir os produtos dos cinco grupos em mercado de amplitude nacional, respeitando os princípios do comércio justo praticados pelo ArteSol. As novas associações – “Casa das Artes”, em Bonfinópolis de Minas; e “Fio Ação”, em Natalândia – reforçam a atividade desenvolvida pelo Polo: a fiação do algodão em diversas espessuras, passando pelo tingimento dos fios com corantes naturais, e a tecelagem, que traz produtos como tapetes e mantas.

Os grupos do Projeto Veredas adquirem o algodão já prensado em Unaí. Em Sagarana ele é cardado, para então ser distribuído para as cinco associações, que por sua vez repartem o material entre as fiandeiras na zona rural.

Feita a linha na roda de fiar, ela é devolvida às associações e classificada em fina, média, ou grossa. Uma parte da linha é encaminhada para Uruana de Minas, cujo grupo se especializou no tingimento com corantes naturais. Tingida ou não, a linha pode ser vendida em cones ou enviada para as outras associações, onde as tecelãs a transformam em mantas, tapetes, colchas, dentre outros produtos.

Em dezembro de 2007, o Artesanato Solidário reuniu cerca de 50 mulheres em Unaí, município da região, e promoveu o I Encontro Veredas pelo Comércio Justo, em parceria com o Sebrae-MG. O evento foi um marco para a disseminação do conceito do comércio justo e para a inserção das mulheres do Projeto Veredas nessa rede.

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