Valença/RJ

Situado no município de Valença, o quilombo está a 23 km de Conservatória, atrativo turístico da região do Vale do Café por suas serenatas e serestas todos os finais de semana. A agricultura de subsistência, a crença religiosa da umbanda e do catolicismo, a sabedoria das ervas medicinais, as benzeduras, o calango, o terço de São Gonçalo, o jongo (ou caxambu) e o artesanato de tradição fazem parte do cotidiano dos moradores do Quilombo, desde a chegada de seus antepassados, em 1850.

Tema: Técnicas Diversas - 2006-2008 | 2009 -2010 (2 Intervenções)

Cidade: Valença/RJ

Duração: 4 anos

Artesãos Beneficiados: 25

Gênero: a maioria mulheres

No distrito de Santa Isabel do Rio Preto, lugar de rara beleza da serra fluminense, vivem 38 famílias da comunidade negra remanescente do Quilombo da Fazenda de São José da Serra.

Situado no município de Valença, o quilombo está a 23 km de Conservatória, atrativo turístico da região do Vale do Café por suas serenatas e serestas todos os finais de semana.

A agricultura de subsistência, a crença religiosa da umbanda e do catolicismo, a sabedoria das ervas medicinais, as benzeduras, o calango, o terço de São Gonçalo, o jongo (ou caxambu) e o artesanato de tradição fazem parte do cotidiano dos moradores do Quilombo, desde a chegada de seus antepassados, em 1850.

O jongo, ritmo trazido da região do Congo e Angola para o Brasil com os negros de origem banto, é uma dança profana com atitude religiosa em suas apresentações. Os senhores donos das fazendas permitiam que os negros dançassem o jongo nos dias dos santos católicos para acalmar a revolta e o sofrimento com a escravidão.

A Festa da Comunidade Negra – grande celebração do jongo realizada sempre no mês de maio – reúne mais de mil pessoas de todo o Rio de Janeiro e dos estados vizinhos.

A líder espiritual do quilombo e também artesã, D. Tetê, faz bonecas de palha de milho, de bananeira, bucha ou ainda tecido, com dimensões aproximadas de 13×25 cm, e cores, vestimentas e ornamentos os mais variados.

A palha de milho e/ou a bucha é fervida e tingida com corante para tecido. A produção das bonecas começa pela cabeça, montada a partir de uma bolinha de isopor e um pedaço de arame. O conjunto é amarrado com linha e forrado com palha de milho tingida de preto ou marrom.

A finalização das bonecas com cabelos, vestimentas e ornamentos varia de acordo com a criatividade de cada artesão. As cores das vestimentas são fortes e vibrantes, como as roupas usadas para dançar o jongo. As bonecas do Quilombo se caracterizam pela falta do rosto. As feições, segundo os artesãos, são idealizadas pelo olhar de cada um.

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