Salvador/BA

Também conhecido como alaká, pano-de-alaká ou pano-de-cuia, o pano-da-costa é de origem africana e compõe a indumentária da roupa de baiana. Seu uso está intimamente ligado ao âmbito das religiões afro-brasileiras e obedece às cores simbólicas dos orixás. Sua denominação faz referência à costa africana, mais precisamente a ocidental, local de origem dos muitos produtos […]

Tema: Tecelagem - 2002-2003

Cidade: Salvador/BA

Duração: 1 ano

Artesãos Beneficiados: 8

Gênero: homens e mulheres

Também conhecido como alaká, pano-de-alaká ou pano-de-cuia, o pano-da-costa é de origem africana e compõe a indumentária da roupa de baiana. Seu uso está intimamente ligado ao âmbito das religiões afro-brasileiras e obedece às cores simbólicas dos orixás. Sua denominação faz referência à costa africana, mais precisamente a ocidental, local de origem dos muitos produtos trazidos para o Brasil, especialmente para o recôncavo baiano.

De formato retangular – o tamanho padrão é de dois metros de comprimento por 60 centímetros de largura, é composto de faixas, tecidas em tear horizontal, depois costuradas manualmente, formando padrões, em geral geométricos e bicolores, que seguem as texturas dos fios de algodão combinados com os de seda, caroá e outros materiais.

Seguindo esses padrões formais, o pano-da-costa – usado sobre um ombro, pendendo uma das pontas sobre o peito e a outra sobre as costas – adquire sua identidade de produto que integra a roupa tradicional de baiana e suas variações sociais e religiosas. Listrado, liso, estampado ou bordado em richelieu ou renda, é por meio dele que a mulher demonstra sua posição hierárquica na organização sócio-religiosa dos terreiros.

Em Salvador/BA, mais precisamente no Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, a tecelagem tradicional do pano-da-costa está ligada ao uso e ao simbolismo sócio-religioso do tecido na composição das roupas rituais do candomblé.

Parceiro Financiador:

Leia mais reportagens