As mãos que criam, criam o quê?

A argila coletada nas jazidas da região é armazenada coberta com sacos plásticos até o momento que será trabalhada. A quantidade coletada pode durar até um ano, dependendo do número de peças produzidas. Essa massa é limpa e triturada na forrageira. O pó é peneirado, molhado e amassado até que a argila esteja pronta para moldar. 

Tanto a técnica de modelagem de acordelado, quanto o nome das ferramentas utilizadas, capuco, coiteba  e mucunã, revelam as origens indígenas da cerâmica na região, que vem sendo repassada e aprimorada de geração em geração há séculos. 

As principais peças produzidas são louças como pratos, xícaras, copos, panelas e peças decorativas, como vasos e luminárias.

Quem cria?

Crédito: Manuela C/ Pró Semiárido

A Associação Mãe Arte D'Arte do Salgado foi fundada em 2012 para fortalecer o artesanato cerâmico feito na região há muitas gerações. As artesãs e artesãos da comunidade concentram a produção em suas casas, tendo a sede como espaço para encontros, recebimento de pedidos e vendas das peças. 

Onde criam

O Sítio de Salgado localiza-se na zona rural de Andorinha, centro norte da Bahia. A 430 km da capital Salvador, o município tem uma população de pouco mais de 15 mil habitantes. 

Suas principais atividades econômicas são o minério de férias, agricultura e o artesanato em couro e cerâmica. Esta última herança dos indígenas, primeiros habitantes do território.